sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Solar ou um conto de vingança. [Um pequeno trecho]
[...]
Na mata, próximo à Lagoa, ele manda me deitar enquanto se afasta para dar uma mijada. Encontro minhas coisas escondidas e troco de roupa – a mijada é longa – e já em posse de meu facão, aproveito a cena para capá-lo. Com as mãos em sangue, Salomão grita “Puta, Puta”. Ajoelhado, de orelha a orelha, lhe abro um rasgo na garganta como uma ovelha sendo carneada.
Ao fim, o corpo de Salomão jazia em uma poça de sangue.
O sol está nascendo na Lagoa. O Nordestão está assobiando, é o vento do verão.
O coração agora chora.
É ano-novo.
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